Os preços do feijão encerraram o mês de maio em queda, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O feijão carioca seguiu pressionado na última semana do mês, enquanto o feijão preto conseguiu certa sustentação no período, amparado pela presença mais ativa de compradores. No entanto, no acumulado de maio, ambos os tipos registraram desvalorizações.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, o feijão preto acumula queda nos preços há oito meses consecutivos, desde outubro de 2024 — mês em que o Centro de Pesquisas iniciou a divulgação de dados específicos sobre a variedade. Ainda que tenha havido uma demanda mais firme por produtos de melhor qualidade, a perda de qualidade do grão colhido pressionou as cotações em todas as praças pesquisadas.
No campo, o Paraná, principal estado produtor de feijão preto do país, deve colher menos nesta segunda safra 2024/25. Conforme dados do Deral/Seab, a estimativa é de 534 mil toneladas, o que representa uma queda de 22% frente à safra anterior. Apesar disso, a primeira safra paranaense foi recorde, com 340,26 mil toneladas, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano ado — um avanço de 103%.
O mercado segue atento à oscilação entre oferta e qualidade, fatores que continuam influenciando diretamente a formação de preços. A tendência para o curto prazo dependerá do ritmo da comercialização, das condições climáticas nas regiões produtoras e do comportamento da demanda.
