Adolescente é internado em Mato Grosso por liderar grupo que induzia automutilação em redes sociais 2s1rw

Operação nacional deflagrada pela Polícia Civil identificou rede que atuava em 12 estados e estimulava crimes cibernéticos contra jovens vulneráveis 2b4j5y

Fonte: CenárioMT

Adolescente é internado em Mato Grosso por liderar grupo que induzia automutilação
Adolescente é internado em Mato Grosso por liderar grupo que induzia automutilação - Foto: CenárioMT

Um adolescente de 16 anos foi internado no Sistema Socioeducativo de Rondonópolis, Mato Grosso, nesta terça-feira (27), por determinação da Justiça, após representação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso. A medida tem caráter provisório, com prazo inicial de 45 dias, e foi motivada pela suspeita de que o jovem liderava uma organização criminosa voltada à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.

A internação ocorre no contexto da Operação Mão de Ferro 2, realizada de forma simultânea em 12 estados brasileiros. A ação coordenada teve como foco o desmantelamento de redes virtuais que promoviam indução à automutilação, coação psicológica, ameaça e divulgação de imagens íntimas de vítimas — em sua maioria adolescentes emocionalmente vulneráveis.

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, o grupo atuava principalmente por meio de plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord, onde disseminava conteúdos de violência extrema e realizava ações de intimidação contra as vítimas. Em alguns casos, o material obtido de forma ilícita era usado para extorsão ou vendido na internet, com os valores sendo recebidos por meio de contas bancárias de terceiros.

O órgão ministerial apresentou duas representações contra o adolescente: a primeira, por sua participação na organização criminosa; a segunda, por envolvimento direto em atos infracionais como induzimento à automutilação, maus-tratos a animais e ameaças. A promotoria destacou que a internação tem como finalidade preservar a ordem pública e garantir a segurança do próprio jovem.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação foi possível graças à atuação integrada entre as Polícias Civis dos estados envolvidos, com e técnico do laboratório de combate a crimes cibernéticos (Ciberlab). Essa articulação permitiu uma resposta rápida e coordenada para conter os avanços da criminalidade digital, especialmente em crimes que atingem diretamente a infância e a juventude.

A operação também tem caráter preventivo. Autoridades reforçam o alerta às famílias sobre a importância da presença ativa na vida dos filhos, especialmente no ambiente digital, onde adolescentes fragilizados emocionalmente podem ser alvos fáceis de criminosos.

O nome “Mão de Ferro” representa a atuação rigorosa do Estado contra crimes digitais graves. A escolha simboliza a necessidade de forte resposta institucional frente à exploração e ao sofrimento causado a jovens no ambiente virtual.

A operação reforça o compromisso do Estado de Mato Grosso no enfrentamento a práticas criminosas digitais, e destaca a necessidade contínua de fiscalização, diálogo e e familiar como formas de prevenção a esses crimes.