Foi aprovado na sessão desta quinta-feira (15) o Projeto de Lei que institui oficialmente o Dia do Pioneiro Luverdense, como forma de reconhecer e valorizar os homens e mulheres que ajudaram a construir a história de Lucas do Rio Verde. A data escolhida é 19 de junho, em referência ao plebiscito de 1988 que decidiu pela emancipação política do então distrito de Diamantino, marco considerado fundamental para o desenvolvimento do município.
A proposta, apresentada pelo vereador Jackson Lopes com base em pesquisa conduzida pelo Museu Histórico, contou com o apoio de todos os parlamentares e foi acompanhada por pioneiros que fizeram questão de prestigiar a sessão. Para Jackson, a aprovação representa mais que um marco simbólico. “É uma forma de dar autonomia ao setor cultural e fortalecer o trabalho do museu e do historiador Oliveira Neto, que poderá organizar um evento anual para homenagear os pioneiros que deram início a essa cidade pujante que temos hoje”, destacou o parlamentar.
O historiador Oliveira Neto, diretor do Museu Histórico de Lucas do Rio Verde, foi quem levantou a necessidade de oficializar uma data por meio de lei, com base em um estudo detalhado sobre as fases de ocupação e crescimento da cidade. Segundo ele, a escolha do dia 19 de junho de 1988 não é aleatória. “Essa foi a data em que a população foi às urnas para dizer ‘sim’ à autonomia de Lucas do Rio Verde. Foram 1.362 votos favoráveis que mudaram para sempre nosso destino. Todos que estavam aqui até essa data foram fundamentais para essa conquista”, explicou Oliveira.
A definição da data também resolve um antigo ime no município: quem pode ser oficialmente reconhecido como pioneiro. Enquanto alguns defendiam o marco de 1982, ano da criação do Núcleo Urbano, e outros apontavam 1985, quando Lucas se tornou distrito, a escolha de 1988 estabelece um consenso baseado em um evento decisivo — o plebiscito da emancipação.
Com a nova lei, o município a a ter um dia oficial para celebrar suas raízes. O primeiro evento alusivo ao Dia do Pioneiro já está sendo preparado para este ano, com atividades que incluirão visitas escolares ao museu, rodas de conversa com moradores antigos e ações de valorização da história local.
“A história também tem a função de fazer justiça e organizar a memória coletiva. Essa lei corrige uma lacuna importante, valoriza quem lutou pelo progresso e inspira as novas gerações a entenderem a origem da cidade onde vivem”, concluiu Oliveira Neto.