Mato Grosso se destaca no cenário nacional do mercado de trabalho, registrando a terceira menor taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2025, com apenas 3,5%. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), colocam o estado à frente da maioria das unidades da federação, ficando atrás somente de Santa Catarina (3,0%) e Rondônia (3,1%).
Apesar de um leve aumento em relação ao trimestre anterior, quando Mato Grosso havia apresentado uma taxa ainda mais baixa, de 2,5%, o desempenho do estado no mercado de trabalho permanece positivo. Em números absolutos, o contingente de pessoas desempregadas no estado teve uma pequena variação, ando de 2,830 mil no último trimestre de 2024 para 2,827 mil no primeiro trimestre de 2025.
A taxa de desocupação reflete a parcela da população economicamente ativa que está sem trabalho, mas que está ativamente buscando uma colocação. São indivíduos disponíveis para trabalhar que não conseguiram uma vaga durante o período analisado.
A média nacional de desemprego no primeiro trimestre de 2025 foi de 7,0%. Enquanto 12 estados brasileiros e o Distrito Federal registraram aumento nessa taxa, outros 15 permaneceram com seus índices estáveis. Além de Mato Grosso, as menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina e Rondônia. Em contrapartida, as maiores taxas de desemprego se concentraram na região Nordeste, com Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) liderando o ranking.
Apesar do aumento sazonal do desemprego no Brasil, um fenômeno comum no início do ano após o término de contratos temporários, Mato Grosso demonstra sinais de solidez em seu mercado de trabalho, com uma taxa significativamente inferior à média do país. Outros dados relevantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) apontam para uma redução no número de pessoas que buscam trabalho há dois anos ou mais em nível nacional, atingindo o menor patamar para um primeiro trimestre desde 2015, com 1,4 milhão de pessoas. A pesquisa também revela que a taxa de desemprego é mais elevada entre as mulheres (8,7%) do que entre os homens (5,7%), e que uma parcela considerável da população ocupada (38,0%) trabalha na informalidade, sem carteira assinada ou registro formal.
Os estados com os maiores índices de informalidade são Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%), enquanto Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) apresentam os menores percentuais. Os dados divulgados integram a PNAD Contínua, o principal instrumento de coleta de informações sobre o mercado de trabalho no Brasil, realizado pelo IBGE.