O condenado pela chacina que deixou sete mortos em Sinop, Mato Grosso, incluindo uma criança de 12 anos, solicitou à Justiça sua transferência do raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), setor de segurança máxima, para uma ala comum da unidade prisional. A solicitação foi apresentada durante audiência com a Vara de Execuções Penais da capital, no último dia 29 de maio.
Na audiência, o preso afirmou que não há ameaças contra sua vida dentro do presídio e que, inclusive, teria recebido garantias da própria liderança de facção criminosa de que não seria alvo de represálias. “Nunca existiu decreto nenhum contra mim. A própria liderança falou para todos que não é para ninguém mexer comigo”, afirmou o detento, alegando que rumores sobre uma possível retaliação seriam infundados.
Apesar das declarações, o juiz responsável pela audiência demonstrou cautela. “Minha preocupação é a sua vida”, destacou, ressaltando que o pedido precisa ser analisado com base em parecer técnico. Diante disso, determinou que o Setor de Inteligência da Secretaria de istração Penitenciária e a Direção da PCE avaliem a viabilidade da reintegração do preso ao convívio comum.
Relembre o caso 3go3t
O crime ocorreu em 21 de fevereiro de 2023, em um bar de Sinop. Após uma discussão durante uma partida de sinuca, os autores do crime realizaram um ataque a tiros que terminou com sete pessoas mortas, entre elas uma criança de 12 anos. Um dos envolvidos morreu em confronto com a Polícia Militar. O outro se entregou dias depois.
Durante o julgamento em outubro de 2024, o condenado alegou ter consumido cocaína antes da ação e disse acreditar que uma das vítimas estaria espionando seu celular. O crime gerou forte comoção e teve ampla repercussão nacional, sendo classificado pela Justiça como um ato de extrema violência.
Avaliação técnica definirá futuro do pedido 6l6m4
O pedido de transferência será analisado com base em informações de inteligência do sistema penitenciário. A decisão sobre sua permanência no raio de segurança máxima depende da confirmação de que não há risco real à integridade física do preso ou de outros detentos.
